Campanha Troco Solidário ajuda a arrecadar fundos para Projeto Flauta Mágica

Quem passa hoje pelos supermercados da rede Comper em Cuiabá e Várzea Grande tem uma ótima oportunidade: praticar um ato de solidariedade. A campanha Troco Solidário, iniciativa da rede de supermercados junto ao Projeto Flauta Mágica, está em sua reta final e consiste na doação de qualquer quantia para crianças de baixa renda que fazem parte do projeto. A doação pode ser feita via dinheiro ou cartão de débito/crédito durante o pagamento da compra. 

Sob direção do maestro Gilberto Mendes e coordenação da bailaria e professora de ballet clássico, Mariana Prates, o projeto Flauta Mágica já soma quase 20 anos de prestação de serviços na comunidade do bairro Jardim Vitória, onde tem sede própria e entorno, oferecendo com aulas gratuitas de Flauta, Ballet e Canto Coral.

O projeto, que hoje atende cerca de 400 crianças, já ganhou nove vezes o prêmio Criança Esperança, e este ano recebeu um convite para se apresentar na Disney, nos Estados Unidos (EUA), no Dia das Crianças. Esta apresentação faz parte da turnê a ser realizada no mês de outubro de 2018, viabilizada via Lei Rouanet. Segundo Mariana, o projeto já recebeu elogios do escritório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em Paris, por sua idoneidade e resultados artísticos com os alunos. 

No entanto, o projeto corre o risco de fechar as portas. Segundo a Unesco, o Projeto Flauta Mágica já ultrapassou o limite de premiações por instituição, e também a Lei Rouanet não inclui em seus custos a manutenção da escola, apenas a produção de shows e eventos nacionais e internacionais.

“Estamos sem fonte de renda para os gastos mensais com nossos alunos. Em 2017 atendemos 700 crianças, mas tivemos que reduzir muito o número de aulas por não termos como pagar os professores. Hoje temos funcionários sem receber, indo trabalhar pela causa e aguardando recursos entrarem, mas se não obtivermos um apoio fixo, em 2019 não teremos mais como dar aulas”, explica Mariana.

Apesar de ser reconhecido como Ponto de Cultura, o que rendeu um prêmio em dinheiro em 2017, o projeto já não conta com apoio financeiro do Governo, e alternativas tem que ser buscadas para manter viva a iniciativa. “Pedimos apoio ao Supermercado Comper e criamos junto aos parceiros do Flauta essa campanha que está circulando nas redes, nos ônibus e também por meio de panfletagem nos supermercados”, esclarece. 

Mesmo com o patrocínio de empresas como Aprosoja, Amad e Triunfante, o valor arrecadado é insuficiente até para fechar a folha de pagamento dos nove funcionários do projeto. Três deles são monitores, alunos que estão há mais de 10 anos na escola e agora dão aulas. O gerente administrativo e o professor de Coral são hoje peças-chave na escola, tendo vindo da comunidade e crescido dentro e junto ao projeto. 

“Somos muito gratos, mas o valor é insuficiente pra manter a escola. O que arrecadarmos será para manter as aulas desse ano, enquanto tentamos um patrocinador fixo. Mas se não conseguirmos, em 2019 não terá mais aulas”, afirma Mariana.

O projeto conta ainda com o programa Sol Lá Si Doe, por meio do qual qualquer pessoa física ou jurídica pode adotar um aluno ao custo de R$ 50,00 ao mês, sendo o valor 100% revertido para manter a criança estudando no Flauta.
http://www.flautamagica.org.br/doacao

“Temos alunos que atravessam o bairro a pé, outros que vem do bairro 1º de março até o Jardim vitória de bicicleta pra estudar porque sonha com um futuro melhor. Eles amam o Flauta”, conclui. 

Para ajudar e/ou obter mais informações sobre o Projeto: 
www.flautamagica.org.br
(65) 3641-6038

 

Fonte: zeromeiacinco