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23/04/2018
A casa de uma arquiteta de Sinop se tornou o primeiro projeto residencial de Mato Grosso a receber certificação do Inmetro por eficiência energética. Da mesma forma que existe os selos para aparelhos que consomem energia, como ar condicionado e geladeira, agora esta etiquetagem é realizada também para edificações.
Com uma área total de 270 m², a casa projetada pela empresa Personnalité Arquitetura conta com um sistema de aquecimento de água composto por aquecedor solar e, após a avaliação de sistemas como a ventilação natural, iluminação natural, uso racional de água e refrigeradores, recebeu a pontuação total de 4,8 (nível A) do Inmetro.
A Casa Azul, como foi batizada, recebeu 34 painéis solares fotovoltaicos em dezembro de 2015
O projeto da edificação foi avaliado de acordo com parâmetros definidos pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem de Edificações (PBE-Edifica). Já a pré-análise foi realizada pela professora e doutora Luciane Durante, que trabalha no Laboratório de Tecnologia e Conforto Ambiental (Lateca) da FAET/UFMT.
Com os valores atuais tão caros da conta de luz em todo o Brasil, a proprietária do imóvel, que é arquiteta, apostou em um projeto de construção com conceitos sustentáveis para deixar a casa com conforto térmico e economizar através da produção de energia a partir de fontes renováveis.
“A nossa intenção com a casa era de mostrar para as pessoas que um projeto bem planejado, levando em considerações fatores simples como posição do sol, aberturas colocadas em lugares corretos, assim como o uso de materiais certos, podem trazer o benefício de se ter uma casa fresquinha”, explicou Maria Carolina Barreto, arquiteta e proprietária do imóvel.
A “Casa Azul”, como foi batizada, recebeu 34 painéis solares fotovoltaicos em dezembro de 2015, que trabalham com um sistema de 10 kWh de potência e geração de energia. “Hoje pagamos só R$ 54 de energia e esse custo poderia chegar a R$1 mil se não fossem as alterações que realizamos no projeto e com o nosso consumo de cerca de 1.110 kWt hora/mês. Reduzimos mais de 85% da conta de energia com os painéis instalados e só não zeramos a conta, porque existe uma taxa mínima, com os impostos, para ser paga”, afirmou.
O investimento ficou em torno de R$ 65 mil e a vida útil das placas é de 25 anos. “Leva-se seis anos para pagar o investimento, mas, em compensação, ficaremos 19 anos pagando uma taxa mínima para a concessionária”, conclui.
Fonte: rdnews